TRABALHANDO COM O GRUPO DE AA
TRABALHANDO COM O GRUPO DE A. A.
01 – O QUE É UM GRUPO DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
Um Grupo de AA é a menor porção da nossa Irmandade e sua célula básica, sem os Grupos não existiria Alcoólicos Anônimos. Um Grupo de AA deve preencher os seguintes requisitos:
1. Todos os membros do Grupo são alcoólicos;
2. Como Grupo, somos totalmente auto-suficientes;
3. O propósito primordial do Grupo é o de levar a mensagem ao alcoólatra que ainda sofre;
4. Como Grupo não pode haver afiliação ou ligação a coisas externas;
5. Como Grupo não deverá dar opiniões a coisas alheias à Irmandade;
6. Como Grupo a política de relações públicas baseia-se na atração e não na promoção. Seus membros devem manter o anonimato pessoal a nível de imprensa, rádio, televisão e filmes.
02 – TIPOS DE REUNIÕES DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
FECHADA – Somente para alcoólicos são dedicadas à “terapia” dos companheiros. A dinâmica poderá ser estabelecida pelo Comitê Orientador do Grupo ou pelo Coordenador e versará sobre: discussões informais das dificuldades que os companheiros enfrentam para manter a sobriedade, troca de experiências baseadas nos Doze Passos e Doze Tradições, seleciona mento de tópicos específicos tais como: Slogans de AA, os Três Legados, Prece da Serenidade, etc.
ABERTAS – Dedicadas ao esclarecimento a qualquer pessoa interessada sobre AA. Neste caso os oradores serão previamente selecionados e os assuntos pré-escolhidos. Extraordinariamente uma reunião fechada, poderá tornar-se aberta no caso de visita inesperada de pessoas não AA. Nesse caso o Coordenador consultará o Grupo para saber da conveniência de abrir uma reunião fechada.
PÚBLICA – Esta é uma reunião aberta ao grande público e quase sempre para comemorar um evento de AA. Para esta reunião são convidados o público em geral e, especialmente, médicos, psicólogos, assistentes sociais, sacerdotes, etc.
03 – LEMBRETES PARA O COORDENADOR
(Sugestões para uma boa Coordenação)
01. Evite tomar ares de “autoridade”. A função do coordenador é liderar a reunião. Zele pelas Tradições de AA e seja Humilde.
02. Evite bancar o “professor/pregador”, evitando longas dissertações sobre qualquer assunto. Análise e diagnósticos são próprios para médicos.
03. Evite comentários em relação ao depoimento do companheiro, salvo quando for solicitado. Não deprecie nem humilhe, quanto menos tagarela, melhor.
04. Evite interromper o Companheiro, e seja diplomático para manter o tempo.
05. Evite coordenar, se você está tumultuado, mau humorado, deprimido.
06. Preserve a UNIDADE do Grupo com atitudes cordiais e fraternas.
07. Dê exemplo de doação, lembrando-se sempre que da sobriedade de cada um depende a sua própria.
08. Lembre-se que seu Grupo é autônomo, mas está ligado com o todo de AA. Como o seu Grupo, existem mais outros 80.000 espalhados pelo mundo.
09. Lembre-se das palavras do Dr. BOB, “ Mantenha o AA simples”.
10. “ VIVA e DEIXE VIVER “.
04 – SUGESTÕES DE TEMÁTICAS PARA REUNIÕES DO GRUPO
– Os Doze Passos
– As Doze Tradições
– O livro “Alcoólicos Anônimos”
– Os Doze Conceitos
– Oração da Serenidade
– Os “sologans” de AA:
– A) Viva e deixe viver;
– B) Devagar se vai ao longe
– C) Primeiro, as primeiras coisas;
– D) É possível;
– E) Pensei;
– F) Pela Graça de DEUS.
– Os Três Legados: Recuperação, Unidade e Serviço
– O livro “Viver Sóbrio”
– O Manual de Serviço
– Participação e Ação
– Abordagens e apadrinhamento
– Maneiras de levar a mensagem
– Inventário do Grupo
– Responsabilidade
– Sejamos amigos dos nossos amigos
– Aceitação X admissão
– Tolerância
– Nós planejamos a ação, não os resultados
– Princípios X personalidades
– Serenidade e humildade
– Ressentimentos e ódio
– Entendendo o anonimato
– Depressões
– Gratidão e honestidade
– DEUS, como nós O entendemos
–
05 – ABERTURA DAS REUNIÕES
(Oração da Serenidade e o Preâmbulo de AA)
CONCEDEI-NOS SENHOR,
A SERENIDADE NECESSÁRIA PARA ACEITAR AS COISAS QUE NÃO PODEMOS MODIFICAR,
CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE PODEMOS,
E SABEDORIA PARA DISTINGUIRMOS UMAS DAS OUTRAS.
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS é uma Irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolver seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo.
O único requisito para tornar-se membro é o desejo de parar de beber. Para ser membro de AA não há necessidade de pagar taxas ou mensalidades; somos auto-suficientes, graças às nossas próprias contribuições.
AA não está ligado a nenhuma seita ou religião, nenhum partido político, nenhuma organização ou instituição; não deseja entrar em qualquer controvérsia; não apóia nem combate quaisquer causas.
Nosso propósito primordial é o de mantermo-nos sóbrios e ajudar outros alcoólatras a alcançarem a sobriedade.
06 – ORIGEM DA ORAÇÃO DA SERENIDADE
Normalmente, toda e qualquer reunião de AA tem início com a Oração da Serenidade, seguida de um momento de silêncio para meditação e logo a seguir com a leitura do Preâmbulo de AA.
A origem da Oração da Serenidade é obscura. Dizem alguns que foi o teólogo e filósofo Boethius, que viveu no século V, autor da “Consolação da Filosofia”, que teria escrito antes de sua morte, após longo período de cativeiro.
Outros creditam-na ao teólogo Reinhold Niebuhr, que teria escrito em 1932, ao término de uma oração maior. Este, entretanto, a credita a um teólogo do Século XVIII, Friedrich Oetinger. O que temos como certo é que a Oração da Serenidade chegou até nós de forma inusitada e acidental.
Ruth Hock, a primeira Secretária do GSO de New York, estava trabalhando em 1941, quando Jack C. apareceu com o jornal “Herald Tribune” onde, , na coluna dos obituários, foi encontrada a Oração da Serenidade, ali incluída sem maiores explicações. Foi o quanto bastou para, por sua extrema simplicidade, mas profunda racionalidade, ser imediatamente adotada por Alcoólicos Anônimos. A versão original publicada no “Herald Tribune” dizia: “ Mamãe, DEUS, conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso modificar, coragem para modificar as coisas que eu possa e sabedoria para conhecer a diferença. Adeus”. (Do livro “Pass it On”, páginas: 252/258)
07 – OS DOZE PASSOS
DOZE PASSOS DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
01- Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
02- Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.
03- Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.
04- Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
05- Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
06- Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
07- Humildemente, rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
08- Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
09- Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando faze – las significasse prejudicá-las ou a outrem.
10- Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
11- Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade.
12- Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
08 – OS DOZE PASSOS – RECUPERAÇÃO
A prática dos Doze Passos é condição primordial para a recuperação do alcoólico, cuja obtenção é, por sua vez, um processo pelo qual o equilíbrio emocional conduzirá o companheiro a uma vida feliz e útil, livrando-o das tensões, ansiedades, depressões e compulsões as mais diversas. Os Doze Passos são um conjunto de princípios espirituais, não necessariamente religiosos, mas baseados na ética, na moral e em ensinamentos universalmente transmitidos por todas as denominações religiosas. Os Doze Passos foram desenvolvidos a partir da dura realidade e evidência de que havíamos perdido nossa força e nossa vontade em relação ao álcool e de que somente um Poder Superior a nós mesmos poderia nos reconduzir ao equilíbrio e à recuperação das nossas vidas. A recuperação individual é a base do triângulo na qual assenta toda a estrutura da nossa Irmandade. No livro “Alcoólicos Anônimos atinge a maioridade”, páginas: 143/144, está descrito como foram elaborados os Doze Passos de AA. Nosso co-fundador BIL, dizia que estes passos era o leme seguro para a sobriedade de qualquer alcoólico, desde que ele fosse bastante honesto consigo mesmo. Os Doze Passos é o nosso primeiro Legado-Recuperação.
09 – AS DOZE TRADIÇÕES
AS DOZE TRADIÇÕES DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
01. Nosso bem-estar comum deve estar em primeiro lugar; a reabilitação individual depende da unidade de AA.
02. Somente uma autoridade preside, em última análise, o nosso propósito comum – um Deus amantíssimo que Se manifesta em nossa consciência coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança; não têm poderes para governar.
03. Para ser membro de AA, o único requisito é o desejo de parar de beber.
04. Cada grupo deve ser autônomo, salvo em assuntos que digam respeito a outros Grupos ou a AA em seu conjunto.
05. Cada Grupo é animado de um único propósito primordial – o de transmitir sua mensagem ao alcoólico que ainda sofre.
06. Nenhum Grupo de AA deverá jamais sancionar, financiar ou emprestar o nome de AA a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à Irmandade, a fim de que problemas de dinheiro, propriedade e prestígio não nos afastem de nosso objetivo primordial.
07. Todos os Grupos de AA deverão ser absolutamente auto-suficientes, rejeitando quaisquer doações de fora.
08. Alcoólicos Anônimos deverá manter-se sempre não profissional, embora nossos centros de serviços possam contratar funcionários especializados.
09. AA jamais deverá organizar-se como tal; podemos, porém criar juntas ou comitês de serviço diretamente responsáveis perante aqueles a quem prestam serviços.
10. Alcoólicos Anônimos não opina sobre questões alheias à Irmandade; portanto, o nome de AA jamais deverá aparecer em controvérsias públicas.
11. Nossas relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção; cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal na imprensa, no rádio e em filmes.
12. O anonimato é o alicerce espiritual das nossas Tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades.
10 – AS DOZE TRADIÇÕES – UNIDADE
Alcoólicos Anônimos não é, e jamais deverá ser, uma sociedade formal e hierarquicamente organizada. A sua unidade ao redor do mundo se orienta e se concretiza pela aceitação individual e coletiva de um conjunto de regras de procedimentos conhecido entre nós como as Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos. A prática dessas regras por parte de cada membro e de cada Grupo de AA tem conseguido manter a Irmandade dentro de um padrão de unidade jamais experimentado por qualquer sociedade semelhante; exemplo de obediência voluntária, não conseguida por temor de punições, portanto sem a obrigatoriedade de corrente de uma disciplina hierarquizada.
A consciência de cada membro e de cada Grupo é o seu próprio juiz. Nenhum de nós, membro do Grupo, é uma ilha isolada. Somos, em vontade e consciência, um só continente, embora de muitas terras, línguas e crenças diferentes.
EU SOU RESPONSÁVEL …
Quando qualquer um, seja onde for, estender a mão pedindo ajuda,
Quero que a mão de AA esteja sempre ali.
E PARA ISTO: EU SOU RESPONSÁVEL
11 – OS DOZE CONCEITOS PARA SERVIÇOS MUNDIAIS
01. A responsabilidade final e a autoridade suprema pelos serviços mundiais de AA deveriam sempre recair na consciência coletiva de toda a nossa Irmandade.
02. Quando, em 1955, os Grupos de AA confirmaram a permanente Ata de Constituição da sua Conferência de Serviços Gerais, eles, automaticamente, delegaram à Conferência completa autoridade para a manutenção ativa dos nossos serviços mundiais e assim tornaram a Conferência – com exceção de qualquer mudança nas Doze Tradições ou no Artigo 12 da Ata de Constituição da Conferência – a verdadeira voz e a consciência efetiva de toda a nossa Sociedade.
03. Como um meio tradicional de criar e manter uma relação de trabalho claramente definida entre os Grupos de AA e as suas diversas corporações de serviços, quadros de funcionários, comitês e executivos, assim assegurando as suas lideranças efetivas, é aqui sugerido que dotemos cada um desses elementos dos serviços mundiais com um tradicional “Direito de Decisão”.
04. Através da estrutura da nossa Conferência, deveríamos manter em todos os níveis de responsabilidade um tradicional “Direito de Participação”, tomando cuidado para que a cada setor ou grupo de nossos servidores mundiais seja concedido um voto representativo em proporção correspondente à responsabilidade que cada um deve ter.
05. Através de nossa estrutura de serviços mundiais, deveria prevalecer um tradicional “Direito de Apelação”, assim nos assegurando de que a opinião da maioria seja ouvida e de que as petições para a reparação de queixas pessoais sejam cuidadosamente consideradas.
06. Em benefício de A. A. como um todo, a nossa Conferência de Serviços Gerais tem a principal responsabilidade de manter os nossos serviços mundiais e, tradicionalmente, tem a decisão final nos grandes assuntos de finanças e de normas de procedimento em geral. Mas a Conferência também reconhece que a principal iniciativa e a responsabilidade ativa, na maioria desses assuntos, deveria ser exercida principalmente pelos Custódios, membros da Conferência, quando eles atuam entre si como Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos.
07. A Conferência reconhece que a Ata de Constituição e os Estatutos da Junta de Serviços Gerais são instrumentos legais e que os Custódios têm plenos poderes para administrar e conduzir todos os assuntos dos serviços mundiais de Alcoólicos Anônimos. Além do mais, é entendido que a Ata de Constituição da Conferência não é por si só um documento legal, mas pelo contrário, ela depende da força da tradição e do poder da bolsa de AA para efetivara sua finalidade.
08. Os Custódios da Junta de Serviços Gerais atuam em duas atividades principais: a) com relação aos amplos assuntos de normas de procedimentos e finanças em geral, eles são os principais planejadores e administradores. Eles e os seus principais Comitês dirigem diretamente esses assuntos; b) mas com relação aos nossos serviços, constantemente ativos e incorporados separadamente, a relação dos Custódios é principalmente aquela de direito de propriedade total e de supervisão de custódia que exercem através de sua capacidade de eleger os diretores dessas entidades.
09. Bons líderes de serviços, bem como métodos sólidos e adequados para a sua escolha, são em todos os níveis indispensáveis para o nosso funcionamento e segurança no futuro. A liderança principal dos serviços mundiais, exercida pelos fundadores de AA, deve, necessariamente, ser assumida pelos Custódios da Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos.
10. Toda a responsabilidade de serviço deveria corresponder a uma autoridade de serviço equivalente – a extensão de tal autoridade ser sempre bem definida, seja por tradição, por resolução, por descrição específica de função ou por atas de constituição e estatutos adequados.
11. Enquanto os Custódios tiverem a responsabilidade final pela administração dos serviços mundiais de AA eles deverão ter sempre a melhor assistência possível dos comitês permanentes, diretores de serviços incorporados, executivos e quadro de funcionários e consultores. Portanto, a composição desses comitês subordinados e juntas de serviços, as qualificações pessoais dos seus membros, o modo como são introduzidos dentro do serviço, os seus sistemas de revezamento, a maneira como eles são relacionados uns com os outros, os direitos e deveres especiais dos nossos executivos, quadros de funcionários e consultores, bem como uma base própria para a remuneração desses trabalhos especiais, serão sempre assuntos para muita atenção e cuidado.
12. As Garantias Gerais da Conferência: em todos os seus procedimentos, a Conferência de Serviços Gerais observará o espírito das Tradições de AA, tomando muito cuidado para que a Conferência nunca se torne sede de riqueza ou poder perigosos; que suficientes fundos para as operações mais uma ampla reserva sejam o seu prudente princípio financeiro; que nenhum dos membros da Conferência nunca seja colocado em posição de autoridade absoluta sobre qualquer um dos outros; que todas as decisões importantes sejam tomadas através de discussão, votação e, sempre que possível, por substancial unanimidade; que nenhuma ação da Conferência seja jamais pessoalmente punitiva ou uma incitação à controvérsia pública; que, embora a Conferência preste serviço a Alcoólicos Anônimos, ela nunca desempenhe qualquer ato de governo e que, da mesma forma que a Sociedade de Alcoólicos Anônimos a que serve, a Conferência permaneça sempre democrática em pensamento e ação.
12 – OS DOZE CONCEITOS PARA SERVIÇOS MUNDIAIS
SERVIÇO
Os Doze Conceitos para Serviços Mundiais e o Manual de Serviço de AA é, fundamentalmente, todo trabalho e esforço desenvolvidos no sentido de trazer o alcoólatra que ainda sofre ao convívio da Irmandade. Em outras palavras, e de forma mais objetiva, podemos dizer que Serviço é “abordagem”. Lembremos porém, que o serviço se baseia na atração e jamais na promoção. Para que o conjunto de trabalhos e esforços se realizem de forma harmoniosa e uniforme, dentro dos princípios gerais de Alcoólicos Anônimos, necessário se torna conceituá-los quanto à sua forma e desenvolvimento. É aconselhável, senão necessário, que cada membro e cada Grupo de AA conheçam “Os Doze Conceitos para o Serviço Mundial”, um dos textos da literatura de AA editado pelo CLAAB.
A exemplo de outros países onde os trabalhos de AA foram organizados segundo suas próprias características e necessidades, no Brasil a sua estrutura de serviços está organizada segundo o estabelecido em um Manual de Serviços aprovado pela Conferência de Serviços Gerais e em obediência aos princípios gerais de AA. Mundial. O Manual é, pois, guia e ensinamento, e cada Grupo deve ter um exemplar dessa verdadeira ferramenta de trabalho.
13 – A 7a. TRADIÇÃO: AUTO-SUFICIÊNCIA
(A Independência de AA como Instituição)
É costume no Brasil fazer-se um intervalo nas reuniões fechadas para o tradicional cafezinho, aproveitando-se esta ocasião para “correr a sacola”.
É sugerido que o Coordenador lembre aos presentes a importância do nosso princípio da Auto-Suficiência. Vamos ajudá-lo no esclarecimento dessa Tradição de AA.
Um dos principais, senão o principal motivo do respeito e da administração que a sociedade em geral tem por Alcoólicos Anônimos é a sua independência financeira. A nossa Irmandade, não dependende dos cofres públicos nem da ajuda de instituições e de pessoas não-alcoólicas, tem conseguido manter, com dignidade, os seus princípios e fazê-los respeitados por governos, pessoas e instituições. A auto-suficiência de AA como um todo, começa na de cada Grupo que a compõe. E a de cada Grupo, na sacola de cada reunião. Durante muitos anos, e até mesmo nos dias atuais, mantivemos um discurso inconseqüente, dizendo ao recém-chegado que “em AA não é preciso dar dinheiro, pois somos auto-suficientes” A inconseqüência de tão contraditório discurso nos conduziu a que tenhamos hoje não apenas uma, mas pelo menos quatro gerações de companheiros erradamente informados, e por isso educados na irresponsabilidade quanto a necessidade da sua contribuição. Quando acordamos para esta realidade estávamos cercados de necessidades por todos os lados, em rota de colisão com a insolvência de nossos principais organismos de trabalho. Precisamos mudar este discurso e corrigir esta má educação.
O Plano 60-25-15, significa: 60% da arrecadação da sacola para as despesas do Grupo, 25% para a Central de Serviços ou Intergrupal e 15% para o Escritório de Serviços Gerais.
14 – ABORDAGEM
O seu Grupo, a exemplo dos demais Grupos em todo o mundo, é animado de um único propósito primordial: o de transmitir ao alcoólatra que ainda sofre a mensagem de Alcoólicos Anônimos. Está na Quinta Tradição. A transmissão dessa mensagem pode ser feita de maneira diversas, sendo a mais comum a “abordagem” cara a cara, aquela feita individualmente pelo membro que transmite sua experiência a um alcoólatra na ativa. Outra, a coletiva, feita nos serviços em hospitais, empresas e em instituições correcionais ou ainda em reuniões públicas. Em todos estes casos deve ser usada a atração em vez da promoção.
Quando o Grupo não dispuser de um Comitê de Abordagem, o Coordenador do Grupo deve pedir a um dos membros que faça a abordagem, cujo pedido tenha chegado ao Grupo, normalmente por intermédio da Central, da Intergrupal e mesmo por pedido direto de pessoas não-alcoólicas. Convém registrar esse pedido no resumo de ata da reunião, a fim de ser informado se a abordagem foi feita ou não, dando ciência ao solicitante. Na abordagem indireta, feita de forma sugestiva na reunião pública, tenha sempre presente que AA é uma instituição leiga, não profissional e que apesar dos altos índices de recuperação alcançado pela Irmandade, esta não é senão uma opção com a qual o indivíduo ou a sociedade pode contar para a solução do alcoolismo. O alcoólatra abordado não é obrigado a tornar-se membro de AA, mas nós, membros da Irmandade, somos responsáveis pela transmissão da mensagem de Alcoólicos Anônimos, até porque é assim que mantemos a nossa própria sobriedade.
15 – INGRESSO / APADRINHAMENTO
Usualmente o Coordenador deixa para fazer o ingresso do visitante ou do abordado mais para o final da reunião fechada, quando o provável ingressante teve oportunidade de ouvir os vários depoimentos de companheiros mais antigos, nos quais é enfatizado o alcoolismo como doença, o programa de AA e os seus princípios, etc. Não é conveniente constranger o visitante a fazer-se membro de AA, mas deixá-lo à vontade quanto a esta decisão, que poderá ser tomada até mesmo em outra reunião. Lembre-se: AA é uma opção.
Tomada a decisão, o novo membro poderá escolher um(a) dos(as) companheiros(as) presentes para ser o seu padrinho ou madrinha. Pode ocorrer que esta escolha imediata decorra do fato do ingressante já ser conhecido do seu padrinho ou madrinha. No caso de não serem conhecidos, é conveniente que o Coordenador apenas indique um dos presentes para entregar-lhe a ficha de ingresso – se este for o costume do Grupo – e deixe ao ingressante escolher futuramente o seu padrinho ou madrinha, aquele ou aquela com que mais “afinou” no decorrer de algumas outras reuniões. Sendo o 1o. Passo essencial para a tomada de decisão do visitante, sugere-se que um dos membros mais antigos do Grupo verse seu depoimento pessoal sobre esse importante passo. Lembre-se, nenhum membro do Grupo deve fazer pressão para a permanência do visitante.
No folheto “Perguntas e Respostas Sobre Apadrinhamento”, você encontrará respostas para qualquer dúvida porventura existente. O melhor exemplo de relacionamento entre padrinho e afilhado é o caso de BILL e Dr. BOB, nossos co-fundadores. Com base neste exemplo, podemos dizer que o Apadrinhamento é a realização prática e vivida, em toda a sua extensão das palavras: amigo, companheiro e confidente.
16 – ENCERRAMENTO DA REUNIÃO
Qualquer reunião, seja fechada, aberta ou pública, deve ser encerrada com a Oração da Serenidade ou Pai Nosso. Nas reuniões abertas e públicas o Coordenador, ante o encerramento, deve agradecer a presença dos convidados não-alcoólicos, citando, na oportunidade, nominalmente, aqueles convidados especiais que não estiveram presentes na abertura. Nas reuniões fechadas agradece aos companheiros a ajuda recebida para o bom andamento da reunião, assim como pela contribuição na sacola. Orienta sobre a próxima reunião e pede a quem esteja secretariando que leia a correspondência recebida, o resumo da reunião e o movimento de caixa, alertando aos companheiros a necessidade das contribuições na sacola, para saldar os compromissos financeiros do Grupo. O tesoureiro fornecerá ao Coordenador/Secretário a cada reunião, o valor desses compromissos monetários.
Após a Oração da Serenidade ou Pai Nosso, pede aos presentes observarem um instante de silenciosa reflexão. Nesta oportunidade os companheiros religiosos poderão fazer, em silêncio, qualquer outra oração do seu credo religioso, respeitando, assim, os companheiros de outra ou de nenhuma denominação religiosa.
17 – DADOS HISTÓRICOS DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
Como nós sabemos, Alcoólicos Anônimos começou em 1935 na cidade norte-americana de Akron, Estado de CHIO, resultante do encontro de BILL W. , corretor da Bolsa de Valores de New York e o médico cirurgião de Akron, Dr. BOB, ambos considerados casos perdidos de alcoólatras. Nossos dois co-fundadores permaneceram sóbrios até a morte, graças ao trabalho que eles desenvolveram junto a outros alcoólatras, descobrindo assim, desde o início, que para sair do egocentrismo, característica marcante da personalidade de todo alcoólatra, seria necessário pensar em outro ser humano, para sair de si mesmo. Compreenderam que para se manterem sóbrios, este estado de felicidade e utilidade, deveria ser compartilhado com outros alcoólatras sofredores. BILL e BOB, juntamente com outros alcoólicos em recuperação, conseguiram nos primeiros anos da nossa Irmandade, os seguintes resultados:
1935 – 5 membros
1936 – 15 membros, aumento de 200%
1937 – 40 membros, aumento de 170%
1938 – 100 membros, aumento de 150%
1939 – 400 membros, aumento de 300%
1940 – 2000 membros, aumento de 400%
1941 – 8000 membros, aumento de 300%
(Dados do livro AA Atinge a maioridade)
Dados fornecidos pelo GSO de New York, nos diz que a 1o. de janeiro de 1986, tínhamos:
69.019 Grupos de Alcoólicos Anônimos espalhados pelo mundo todos, sendo que 38.285, somente nos Estados Unidos e Canadá, e que o número de membros ativos, era de 1.446.000.
18 – SUGESTÕES PARA COORDENAÇÃO DE REUNIÕES
(GUIAS DE AA)
Estes guias estão baseados na experiência dos membros de AA que trabalham nos diversos campos de serviço. Também refletem o espírito das Doze Tradições e das recomendações da Conferência de Serviços Gerais. De acordo com nossa Tradição de autonomia, exceto em assuntos que afetem outros Grupos ou AA como um todo, a maioria das decisões se toma por meio da consciência coletiva dos membros participantes. O propósito deste Guia é ajudar a tornar esclarecida uma consciência coletiva.
Com o objetivo de atender um anseio de nossa Irmandade, apresentamos uma sugestão para coordenação de reuniões de um Grupo de AA. O bom andamento de uma reunião em um Grupo de AA, qualquer que seja ela, depende do discernimento, do conhecimento e do bom senso do Coordenador (O famoso “jogo de cintura”). Portanto, estamos relacionando, após a sugestão de roteiro, algumas sugestões para balizar o comportamento do Coordenador durante uma reunião. Cada Grupo utilizará aquilo que lhe for conveniente, para elaborar o roteiro para coordenação de suas reuniões.
COORDENAÇÕES DE REUNIÕES – ROTEIRO
ABERTURA:
Boa noite (ou bom dia, boa tarde) a todos. Sejam bem-vindos a mais uma reunião de Alcoólicos Anônimos no Grupo(mencionar o nome do Grupo onde esta ocorrendo a reunião).
Meu nome é(mencionar o nome de quem esta coordenando a reunião) e sou alcoólatra (ou alcoólico(a)).
Alcoólicos Anônimos é uma Irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças, afim de resolver seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo.
O único requisito para se tornar membro é o desejo de parar de beber. Para ser membro de AA não há necessidade de pagar taxa ou mensalidades, somos auto-suficientes, graças as nossas próprias contribuições.
Alcoólicos Anônimos não está ligado a nenhuma seita ou religião, nenhum partido político, nenhuma organização ou instituição; não deseja entrar em qualquer controvérsia; não apóia nem combate quaisquer causas.
Nosso propósito primordial é mantermo-nos sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade.
Embora Alcoólicos Anônimos não esteja ligado a nenhuma seita ou religião, temos por costume começar e terminar as reuniões de AA no mundo todo com uma breve invocação, conhecida por nós como Oração da Serenidade, e convido a todos que quiserem que me acompanhem, após um instante de silêncio.
ORAÇÃO DA SERENIDADE:
Concedei-nos, Senhor, a SERENIDADE necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar.
CORAGEM, para modificar aquelas que podemos e
SABEDORIA para distinguir umas das outras.
PARA SER LIDO, SE FOR OPORTUNO, DE ACORDO COM O TIPO DE REUNIÃO:
Esta é uma reunião ABERTA e podem assistir a ela pessoas não alcoólicas, nossos familiares, amigos ou quaisquer outras que queiram conhecer nosso programa de recuperação.
Esta é uma reunião de Serviço (ou Administrativa) para tratar de assuntos de interesse do Grupo. Ela é FECHADA e somente para membros de AA.
Outros tipos de reunião serão anunciadas, de acordo com a disposição do Grupo de realizá-las.
Nesta reunião ouviremos alguns depoimentos de membros de AA. Aquele que estiver dando seu depoimento merece de nós toda consideração e respeito. Lembramos que os depoimentos são pessoais e não refletem necessariamente a opinião da Irmandade de Alcoólicos Anônimos como um todo.
NOTA: As pessoas que chegam pela primeira vez deverão ser tratadas de acordo com o que determina a consciência coletiva do Grupo e com os princípios de Aa. Se o visitante estiver alcoolizado e o Coordenador da Reunião achar por bem ceder a palavra, poderá faze – lo. Se o visitante for um profissional, deverá ser-lhe dada toda atenção, pois poderemos ter a oportunidade de apadrinhar um futuro amigo de AA. O Grupo poderá dispor de algum tempo para transmitir recados do RSG, CTO, ou outro servidor. Poderá faze – lo antes ou depois do intervalo para o café, ou quando suas consciência coletiva determinar.
SÉTIMA TRADIÇÃO
(Para ser lido antes do intervalo para o café)
Nossa Sétima Tradição diz: “Todos os Grupos de AA deverão ser absolutamente auto-suficientes, rejeitando quaisquer doações de fora”. Para cumprir essa Tradição passamos uma sacola entre os presentes. Esse dinheiro é utilizado para cobrir as despesas de nosso Grupo, para distribuição gratuita de literatura e para manutenção dos Órgãos de Serviço de AA.
Agora convido todos a saborearem um cafezinho.
NOTA: Após o intervalo para o café, a reunião segue normalmente.
ENCERRAMENTO:
TERCEIRA TRADIÇÃO
“Para ser membro de AA o único requisito é o desejo de parar de beber”. Se houver alguém presente com o desejo de fazer parte de nossa Irmandade, considere-se membro. Ao final da reunião procure o Coordenador ou outro servidor, para receber folhetos informativos sobre AA.
NOTA: Embora não existam formalidades para o ingresso de membros em AA, alguns Grupos ainda utilizam a entrega de fichas aos novatos. Como em qualquer outro assunto, aqui também prevalece o que determinar a consciência coletiva de cada Grupo.
ANONIMATO:
Nossas Tradições de Anonimato dizem o seguinte:
Décima Primeira: “Nossas relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção;cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal na impressa, no rádio e em filmes”.
Décima Segunda: “O anonimato é o alicerce espiritual de nossas Tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades”.
Embora nenhum membro de AA deva jamais revelar a ligação de qualquer outro membro com a Irmandade, Alcoólicos Anônimos não deve ser mantido secreto ou como movimento clandestino. Havendo necessidade, deveríamos estar dispostos a nos identificar como membros de AA, se com isso pudermos estar ajudando alguém.
NOTA: Sobre esse assunto, talvez seja oportuno termos a mão o seguinte lembrete:
“Quem você viu aqui,
o que você ouvir aqui,
quando você sair daqui,
deixe que fique aqui”.
Chegamos ao término de mais uma reunião nesse Grupo. Nossa Sacola somou R$ e tivemos a presença de … companheiros(as)
PARA SER LIDO QUANDO TIVERMOS NOVATOS NA SALA.
Pedimos aos recém-chegados que não deixem levar por qualquer má impressão causada por esta reunião. Visitem-nos mais vezes, pois assim entenderão melhor nossa programação. E tenham certeza de que serão sempre bem-vindos.
Agradecemos a presença de todos e aproveitamos para convidá-los para nossa próxima reunião que será dia(falar o dia da semana) às (falar o horário).
Para encerrar nossa reunião, convido a todos que quiserem que me acompanhem, após um instante de silencia, na
ORAÇÃO DA SERENIDADE
Concedei-nos, Senhor, a SERENIDADE necessária
Para aceitar as coisas que não podemos modificar.
CORAGEM para modificar aquelas que podemos e
SABEDORIA para distinguir umas das outras.
Boa noite (ou bom dia, boa tarde) e muito obrigado a todos.
19 – ALCOOLISMO
O uso de álcool é conhecido desde os tempos bíblicos, mas passou a ser estudado em 1856 na Suécia pelo especialista, MANGOS-HUS, que aliás, é o autor da expressão “ALCOOLISMO”, que designa uma doença caracterizada pela dependência física e psíquica do álcool.
Em 1935, BIL e o Dr. BOB, realizaram a primeira reunião dos Alcoólicos Anônimos, pôr admitirem que também eram impotente perante o álcool, daí então resolveram conscientizar outros Alcoólatras que realmente os mesmos precisavam de ajuda pôr se tratar de uma doença, e não mais pararam com este trabalho. Com isso, espalhou-se pelo mundo todo, grupos de ajuda a todos que sofriam com o problema do alcoolismo e fazendo sofrer a todos que os rodeavam, principalmente os seus familiares, surgindo assim: GRUPOS DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS – AA.
O alcoolismo, é uma doença que se manifesta com pequenas doses ingeridas, chegando ao ponto da pessoa perder o controle sobre ela.
Problemas sociais: desajuste no lar, separação conjugal, perda do emprego, incapacidade de desempenhar papéis sociais, endividamento, acidente de trânsito, homicídios, suicídios, demandas legais como: perdas dos filhos por exemplo e as amizades, pois a mesma sociedade que os incentiva a beber é a mesma que os descrimina expulsando-os de seu meio, principalmente no meio FAMILIAR e tornando-se assim um zero a esquerda perante a todos.
Doença física: hepatite, cirrose hepática, depressão, frequência cardíaca acelerada, hipertensão, insônia, pancreatite, gastrite e úlceras estomacal e duodenais, redução da coordenação motora, impotência sexual, lesões celebrais, diabete e outras.
É uma doença progressiva e de fins fatais e, se não for tratada, com o passar do tempo compromete a saúde física e mental do indivíduo.
Em resumo: A progressão da doença vai da perda da auto estima, a desagregação da família, a perda do emprego, ao comprometimento orgânico até a internação hospitalar e FINALMENTE, A MORTE.
Não esqueça ainda que a bebida para muitos, é a porta de entrada para as drogas mias fatais, levando ainda mais rápido ao caminho de tudo que foi citado acima!
Se você quer ou tem alguém que quer receber ajuda, procure um Grupo de AA.
“SE FOR DE SUA PRÓPRIA INICIATIVA, NÓS ESTAMOS DE BRAÇOS ABERTOS PARA AJUDAR E TAMBÉM SER AJUDADO”.
20 – DOZE SUGESTÕES PARA UMA BOA COORDENAÇÃO
01- Evite tomar ares de “autoridade”. Lembre-se que a função do Coordenador ao liderar a reunião, é zelar pelas Tradições de AA. E as Tradições de AA baseiam-se na HUMILDADE. Portanto procure mentalizar o velho ditado: “que comece por mim”.
02- Antes de aceitar uma coordenação, faça um minucioso inventário moral de si mesmo e veja se está em condições de assumi-la. Sobriedade é um estado de espírito que se transmite e um Coordenador tumultuado ou mal-humorado pode contagiar todo o Grupo.
03- Existe querer bancar o “professor” ou “pregador”. Lembre-se que a cadeira de Coordenador não é tribuna, que uma reunião de AA não é sala de aula e que seus companheiros não são alunos.
04- Não faça análises ou diagnósticos dos companheiros. Esse direito não compete a nós membros de AA. Procure inteirar-se do folheto.”AA em sua Comunidade”.
05- Não faça comentários em relação ao depoimento dos companheiros, salvo quando for solicitado pelo depoente, ou se isso se tornar absolutamente necessário para ajudar, nunca para depreciar ou humilhar. Quanto menos o Coordenador “tagarelar” melhor a reunião.
06- Evite interromper o companheiro, mesmo que ele esteja “falando demais”. Em alguns Grupos o tempo é limitado e você poderá depois falar livremente.
07- Evite dialogar com os companheiros, salvo se a reunião for informal isso, porém, não significa que você não possa perguntar aos novos como estão passando o dia-a-dia.
08- Procure estar sempre atento durante todo o tempo em que transcorrer a reunião. Atento com os que falam, com os que ouvem e também com os que chegam. Alguém pode estar “tumultuando” e, talvez, precisando desabafar.
09- Jamais abuse do direito que o Grupo lhe concedeu ao confiar-lhe a liderança de sua reunião. Procure não criticar o depoimento do companheiro. Lembre-se que você é um simples servidor e, como tal, deve ser sempre um fiel servidor no Grupo.
10- Procure inteirar-se, se a reunião é “aberta” ou “fechada” e se a palavra deve ser “dirigida” ou apenas “franqueada”. Não se esqueça dos novos, dos recém-chegados e dos visitantes, já que geralmente têm algo de novo para nos transmitir. Lembre-se de que uma reunião “aberta” deixa de ser do Grupo para ser de AA, como um todo e que nosso programa é de atração e não de promoção. Dizem que todo alcoólico é inteligente. Como tal, um Coordenador deve ser membro de AA – um alcoólico portanto.
11- Evite dirigir a reunião a seu bel prazer. Deixe que tudo transcorra naturalmente e que cada um fale livremente. Em AA cada um fala de si.
12- Não complique! A UNIDADE do Grupo deve ser preservada a todo instante e o Coordenador é o guardião dessa UNIDADE. Portanto, é bom lembrar o que diz nossa Primeira Tradição – “ O bem-estar coletivo deve estar em primeiro lugar”. Lembre-se das últimas palavras do Dr. BOB: “MANTENHA AA SIMPLES”.